terça-feira, 26 de outubro de 2010

Conhecendo mais um meliponicultor.

Como já relatei em postagens passadas,através desse blog,eu conheci muitas pessoas(umas pessoalmente,outras só pela internet),algumas dessas pessoas,hoje são consideradas meus amigos,pois sempre nos falamos,nos visitamos,enfim,fazem parte da nossa vida.

Hoje quero relatar mais um desses encontros prazerosos,e muito proveitosos,que aconteceu,lá em Campina Grande.

Foi através de um comentário no blog,que a Professora Maria do Carmo Carneiro,(ou simplesmente Carmem,como é chamada)falou de seu interesse pelas abelhas nativas,e que queria me conhecer pessoalmente,para trocarmos algumas ideias.

Aproveitei uma das minhas idas ao cariri,e fui lá na UFCG(Universidade Federal de Campina Grande),para conhecer a professora Carmem.

Cheguei cedo e fui logo para o setor de trabalho dela,...liguei para dizer que já havia chegado e fiquei olhando as coisas,ao redor,logo de frente ao setor de trabalho de Carmem,eu encontrei uma colônia de mirins(mosquitos),em uma bela árvore.



Após alguns instantes,chegou uma mulher com um grande sorriso no rosto,e já foi dizendo:pela curiosidade,em ficar vasculhando as árvores,você deve ser Paulo.

Após as apresentações,já começamos a falar das asf,e ela me chamou para ver algumas caixas de uruçu(melípona scutellaris),que ela mantém lá na UFCG,e um mosquito que tinha transferido à poucos dias(ele estava alojado em uma calçada,e foi transferido para uma caixa racional).

A professora Carmem,é zootecnista,e professora da universidade de Alagoas.
Ela criou e executou,em todo o cariri paraibano,o projeto de criação de peixe ou camarão,com água de rejeito de dessalinizador(esse rejeito se jogado na natureza é altamente maléfico para o meio ambiente)...,com esse projeto,Carmem,ganhou prêmio da UNESCO,participou de programas como “Globo rural”e “Jornal nacional”,da rede globo de televisão...,como diz ela,”ficou famosa”,rsrs...Com todo esse reconhecimento,ela é uma pessoa muito simples,o que me deixou muito à vontade ao seu lado.

Atualmente ela é pesquisadora da UFCG,e está com uma pesquisa do CNPQ(Conselho nacional de desenvolvimento científico e tecnológico),onde estão sendo produzidas caixas racionais para abelhas nativas,com a utilização de bagaço de cana e fibras de bananeira,eu mesmo peguei na caixa,e achei uma boa ideia,pois além de serem resistentes,essas matérias-primas,são fáceis de serem encontradas,e poderão ser ótimas alternativas para substituir a madeira na confecção desses caixas,além de outras aplicações.



Durante o tempo em que estávamos conversando,eu fiz a divisão de uma colônia de uruçu,fizemos a inspeção na caixa de “mosquito”,enfim foi uma tarde muito proveitosa.

Após algumas conversas,eu disse que deveríamos criar uma associação de criadores de abelhas nativas,até sugeri o nome AME-PB,e Carmem ficou muito interessada na ideia e disse que vai tentar levar à frente,claro que farei o possível para ajudar.

Eu fiz a doação de uma colônia de moça branca,para a universidade,pois Carmem está montando um meliponário lá,e eu espero que tenhamos muitas novidades boas com esse meliponário,que servirá para pesquisas,visitas,palestras,aulas e com certeza será um ponto de encontro dos amantes das abelhas nativas.

Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Paulo,




recentemente venho lendo seu blog, e achei bastante interessante suas colocações sobre o assunto, sua experiencia vivida na pratica, seu gosto pela natureza, principalmente quando se trata de um bioma muito importante para a humanidade a caatinga, o sertao do cariri, borborema, agreste.


Tenho tambem como principio de vida, ações ecologicas, e estou atualmente quase preparado ( ainda nao fiz cursos especializados ) para tocar a vida manejando abelhas e tudo produzidos por elas, principalmente o propolis vermelho, encontrado em apiarios proximo a manguezais.


Atualmente estou morando em Ilheus, Sul da Bahia.


Estudo muito a Permacultura e Agrofloresta ( permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias ecomunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis. ) e tenho muito material sobre o tema. Poderiamos trocar informação!


Um forte abraço, Rafael Moura