sexta-feira, 27 de maio de 2011

Plantas produtoras de néctar e pólen.


Amigos!


Apesar de meu  meliponário,estar localizado no cariri paraibano,eu mantenho algumas colônias aqui,em João pessoa e tenho me preocupado com o período das chuvas,pois normalmente as plantas não têm floradas nessa época.

Pelo menos é o que se escuta da maioria dos meliponicultores...,por isso eu resolvi “investigar” as áreas próximas de onde estão as minhas abelhas nativas,pra tentar ver se existiam flores,que pudessem fornecer néctar e pólen,para minhas abelhas,mesmo nessa época de chuvas.

                                                         Aroeira da praia.

Para minha grata surpresa,eu pude encontrar muitas espécies de plantas nativas,algumas rasteiras(consideradas mato/ervas daninhas),outras árvores de um porte maior,mas com uma boa produção de néctar e de pólen.



Algumas das plantas que encontrei floridas,são bem conhecidas como é o caso da aroeira da praia,do cosmos,da xanana(flor de lagartixa),ipezinho de jardim,coroa de cristo e outras tantas que não sei o nome,mas fotografei mesmo assim.

                                                                  Coroa de cristo.

Pude ver um bom movimento de abelhas(ápis e nativas),visitando essas flores e também observei minhas jandaíras,uruçus e cupiras chegando carregadas de pólen,e isso vai manter um bom estoque protéico na colônia,durante o período chuvoso.



Também tenho feito a minha parte,pra ajudar a natureza,e minhas abelhas.Tenho plantado algumas mudas,que florescem bem e atraem,os insetos de modo geral.



Bons exemplos de plantas melíferas e polímeras,que são fáceis de reproduzir e plantar são:amor agarradinho,ora-pro-nóbis,ipêzinho de jardim,cosmos,coroa de cristo e aroeira da praia.


Portanto,mesmo estando em época de chuvas(normalmente sem floradas),a natureza sempre nos surpreende,e nos dá o exemplo de quais espécies devemos manter próximo do meliponário,afim de manter uma boa produção de flores e conseqüentemente de néctar e pólen.


Como sempre,minha postagem é bem simples(como eu),pois nem os nomes científicos dessas plantas eu coloquei,pois achei que não iria adiantar muito,colocar o nome científico de algumas delas,e deixar outras sem identificação.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz

domingo, 15 de maio de 2011

Meliponicultura,"o negócio" do futuro.

Amigos!

Há pouco tempo atrás,dificilmente você encontrava sites e blogs,falando sobre abelhas nativas,mas hoje existem inúmeros meliponicultores,que divulgam suas atividades,comercializam,postam fotos,ensinam novidades no manejo das abelhas sem ferrão,enfim esse assunto está a cada dia mais presente na internet.

Existe até uma “disputa”,para ver quem faz a melhor postagem,quem posta a melhor foto,quem cria alguma técnica de manejo,quem mantém seu blog/site atualizado,etc.

Essa disputa,não é aquela disputa em que você quer derrubar seu adversário,mas sim superar seus próprios limites,fazendo postagens mais elaboradas e completas.

No meu caso,eu fico de fora dessa disputa,pois mantenho meu blog,apenas para falar de minhas paixões:As abelhas nativas e a caatinga e faço isso,com a maior simplicidade,aliás,como todo “matuto”;mas acho essa "disputa" muito importante para têr-mos informações com qualidade.


Eu considero esse novo momento,de surgimento de blogs e sites,voltados para o tema:abelhas nativas/abelhas sem ferrão/abelhas indígenas,muito bom,pois só assim podemos trocar experiências,conhecer novos,e velhos meliponicultores,desenvolver e disseminar a atividade em nosso país e trazer alguma contribuição,para o engrandecimento e a profissionalização dessa importante atividade.

Hoje,já existem vários congressos,exposições,feiras e encontros regionais,voltados para o tema “meliponicultura” e esses eventos só melhoram a qualidade e os conhecimentos dos meliponicultores.

A maioria dos estados brasileiros,já criaram associações de meliponicultores,e os estados que ainda não dispõem desse importante meio de desenvolvimento e organização da atividade,estão se organizando para criar.

Não resta dúvidas que,a meliponicultura é uma atividade de futuro,pois consegue aliar,um bom negócio,ajudando a manter o homem no campo,com a proteção da natureza;ou seja é uma das poucas atividades sustentáveis...,desde que praticada de forma racional e com os cuidados e técnicas,necessários para o bom desempenho de toda a cadeia produtiva.

Independente do tamanho de sua criação,o que realmente importa é a forma como você conduz suas colônias,tendo sempre o maior respeito e cuidado,para que as abelhas se sintam realmente protegidas e amadas por todos nós,afinal esse é o nosso maior troféu.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Abelhas Rebeldes.


Quem cria abelhas nativas,sabe que elas sempre nos surpreendem,pois não adianta você achar que todo o manejo será igual ao que você escuta ou ler ...,sempre tem alguns detalhes diferentes.

Por exemplo,sabe-se que normalmente as jandaíras,não se incomodam com as armadilhas para forídeos,colocadas dentro das caixas,mas sempre tem uma pra quebrar a regra,esses dias fiz uma troca de caixa(pois uma caixa estava bem velha )e por ter sido obrigado a mexer com toda a colônia,os forídeos logo apareceram,então eu coloquei a armadilha interna,com vinagre de maçã.
Mas sempre que eu abria a caixa para ver como estavam as coisas,as abelhas haviam fechado todos os furos,por onde os forídeos entrariam na armadilha.

Eu sempre uso o vinagre de maçã,diluído em um pouco d’água,pra diminuir o cheiro forte,então não haveria motivos para “elas”taparem os furos.

Em cada revisão,eu sempre abro os furos,mas as abelhas fecham logo em seguida.Então diluí ainda mais o vinagre e acrescentei um pouquinho de pólen,para que as abelhas não estranhem o cheiro.

Uma boa solução que eu encontrei para que as abelhas não fechem os "furos",foi colocar pequenos pedaços de canudinho plástico,nos "furos",pois com isso as abelhas não conseguirão mais tapá-lo.

Outro acontecimento que me chamou atenção,foi uma uruçu(melípona scutellaris),que pertence ao amigo Tadeu Leite,que está em uma caixa modelo INPA/FO.
Sem nenhum motivo aparente as abelhas não aceitaram a entrada/saída original da caixa,por isso “roeram” e abriram uma nova entrada/saída,na parte de trás da caixa,na parte superior onde fica a melgeira,e fecharam a entrada/saída original.



Um detalhe nessa história,é que Tadeu,já fechou essa abertura com madeira;desobstruiu a entrada original da caixa,mas mesmo assim,alguns dias depois as abelhas voltaram a abrir a entrada/saída ,no local escolhido por elas e fecharam a entrada original da caixa.

Eu costumo dizer,para meu amigo Tadeu,que as regras não são infalíveis,quando se lida com seres vivos,pois esses seres,muitas vezes não aceitam aquilo que escolhemos para eles,e fazem suas próprias regras.

Talvez,nesse final de semana,eu vá à casa de Tadeu,para conversar sobre nosso assunto preferido”as abelhas nativas”e talvez,fazer mais uma experiência com essa caixa de uruçu,tentando convencê-las a aceitarem a entrada,da caixa pelo “ninho”.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A força da natureza.



Amigos;na maioria das regiões desse país;a expressão “tempo bom”faz referência a um dia ensolarado e quente;mas aqui no semiárido nordestino,”tempo bom”,é tempo de chuvas(época de inverno,como chamamos por aqui).



Graças a DEUS,esse ano as chuvas,apesar de algumas irregularidades,tem “aparecido” e mudado a”cara” da caatinga,pois quando caem as primeiras chuvas,logo vemos as mudanças,que elas trazem para as plantas ,que se “vestem”de verde,com uma rapidez inacreditável.



Durante esse mês de maio,as chuvas teem caído com muita intensidade,e deixado o homem do campo,muito feliz.

Aqui,no sítio da família,temos uma “barragem”(açude de pequeno porte)feita com pedras e cimento,que serve para armazenar a água,do riacho.Olhem só que lindo,ela transbordando,e enchendo nossos corações de esperança.



Algumas plantas,estão repletas de flores e as abelhas fazem a festa.

Eu passei o período de páscoa,lá no “meu cariri”,e pude aproveitar toda essa energia,que a natureza me passa...,andei muito no meio da caatinga verde,tomei banhos de “riacho”(pequeno rio),botei o pé na lama e pude ver que,esse ano as abelhas nativas vão produzir bem,pois já existem flores em abundância,por aqui.



Eu abri uma caixa matriz de jandaíra,(modelo inpa)para retirar a melgeira,que havia colocado,durante uma experiência,e ao retirar o mel,me surpreendi,pois ali havia 1,5 litros de mel,boa quantidade.
Esse mel,eu dividi,para mim,para meu irmão e para meu sobrinho;e ainda ficaram muitos potes de mel,no ninho e sobre ninho(ao redor das crias).



Enfim,estamos no período de fartura,para animais ,plantas e homens,que terão boa safra,em suas roças.

Espero voltar lá em breve,para passar momentos de prazer e alegria,em meio à abelhas e plantas,pois é lá que recarrego minhas energias.



Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB