quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Apimeliponicultura.



“Apimeliponicultura”,palavra bonita,e que ultimamente tem sido muito usada;principalmente nos fóruns da internet,sobre:Apicultura e meliponicultura.



Mas,será que a meliponicultura nacional,só poderá ser conhecida e respeitada,se for “atrelada”à apicultura?(quero deixar claro,que não tenho nada contra os apicultores,apenas acho que a meliponicultura pode sim,ser uma atividade importante e ecologicamente sustentável,independente da apicultura,pois essa já está consolidada,em nosso país).



Outra questão:existe uma grande resistência,por parte de muitos “defensores”da natureza,de se levar espécies de abelhas nativas,de uma região do país,para outra,por representarem perigo,para a fauna daquela região.Não se esqueçam, que estamos falando de abelhas nativas do mesmo país,( que hoje se encontram em diferentes regiões geográficas)e não de introduzir espécies exóticas em nosso território.


Eu acho,que o mais importante desse questão,é saber se as abelhas estão sendo bem cuidadas;se o meliponicultor está dominando as técnicas racionais de criação da espécie;se o processo de multiplicação está ocorrendo de acordo com o esperado;se as abelhas estão bem adaptadas as condições climáticas e se elas estão livres do processo de extinção,que para mim é o mais importante dessa questão.
  
Sei,que essa questão é polêmica,mas acho que:Se são nativas do mesmo país,não haverá impacto ambiental...Quem garante que,antes do descobrimento do Brasil,e até depois,essas abelhas não habitavam as mais diferentes regiões desse país continental?E,devido à muitos fatores,inclusive a destruição de seus habitat’s,elas se refugiaram em determinadas regiões,por terem sidos expulsas de muitas partes do território.



Uma coisa é certa:os meliponicultores,tem uma grande importância na preservação das abelhas nativas,e portanto,merecem apoio,respeito e merecem ser tratados como aliados,na proteção e preservação da natureza e nunca como ameaça à preservação das abelhas nativas.



Espero,que em um futuro bem próximo,a meliponicultura seja vista,como umas das atividades de menor impacto ambiental(quando realizada de forma responsável)e que as abelhas nativas,possam ser criadas por todo esse país,afim de salvar muitas espécies da extinção,que já é vista por alguns recantos do país.



Abraço.

Paulo Romero.
Meliponário Braz.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Revoada de uruçu nordestina(Melípona scutellaris).



Amigos!

As abelhas nativas sempre nos trazem boas surpresas.

Sempre que estamos no manejo diário,aprendemos algo de novo,vemos cenas belas e interessantes,algumas bem intrigantes,como pude presenciar nesse último domingo(11/09/2011),uma espetacular revoada de urucus nordestinas(Melípona scutellaris).


Claro que eu já havia,lido e ouvido falar a respeito desse fenômeno,mas entre ver fotos,vídeos e relatos,e presenciar o fato,é algo bem diferente,com certeza.



Estávamos,eu,Tadeu Leite e Moacir Montenegro(meliponicultores e amigos),na casa de Tadeu,onde iríamos fazer algumas divisões e revisões nas caixas de urucus.

Enquanto nos preparávamos,para iniciar as divisões,nosso amigo Moacir,nos alertou para o fenômeno que estava começando:centenas de abelhas,em um espetáculo fascinante,faziam um verdadeiro balé,como se estivessem hipnotizadas,obedecendo à um comando que não sabemos de onde partiu.


Aproximamos-nos,e ficamos contemplando aquele “show”particular.Tadeu já pegou 3 cervejas,para comemorar aquele momento tão enigmático,quanto fascinante.

A revoada demorou mais de 30 minutos,e tinha momentos de “alvoroço”e momentos de “calmaria”,pois as abelhas alternavam seus movimentos,ora bem frenéticos,ora apenas realizando passos de um verdadeiro balé,bem sincronizado e organizado.

Observamos,que as abelhas saíam de uma caixa,próxima de onde estávamos.Demos uma olhada rápida,nas outras cixas,para ver se as abelhas também saíam delas,mas vimos apenas o movimento normal.

Eu acho,que as abelhas fazem esse ritual,como forma de comemoração,pelos bons estoques de alimento,pela primavera que está aí,pelo belo espaço que dispõem para forragearem,enfim,é uma forma de se alegrarem e alegrarem à  quem assiste esse balé .



Ficamos observando,e depois de algum tempo,pudemos ver que a quantidade de abelhas estava diminuindo,até voltarem completamente para suas caixas de origem.

Tadeu cria uruçus,à mais de 3 anos e nunca havia presenciado esse maravilhoso fenômeno.

Vejam,o vídeo abaixo.A qualidade não é tão boa,mas dá pra se ter uma idéia.

http://www.youtube.com/watch?v=vxoOVP7T9kg

Como,ficamos conversando á respeito da revoada,e demoramos um bom tempo sentados;realizamos apenas seis divisões,e deixamos as outras para um próximo final de semana.


Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.