sexta-feira, 27 de julho de 2012

Revisões em abelha uruçu nordestina.



Amigos!


No último domingo(22/07/12),eu passei o dia,fazendo revisões em caixas de abelhas urucus nordestinas(Melípona Scutellaris),aqui em João Pessoa,PB.


Eu e meu amigo Tadeu Leite,resolvemos fazer revisões nas urucus,pois choveu muito nos últimos meses aqui em JP.,e precisávamos ver como as colônias estavam,e isso só é possível abrindo as caixas e olhando uma a uma;pois as colônias apresentam diferenças de desenvolvimento(devido as diferenças genéticas),mesmo recendo os mesmos cuidados e estando sob as mesmas condições ambientais.



Revisamos quase 40 caixas e encontramos problemas em duas delas.

Em uma das caixas,(Modelo FO/INPA)o excesso de potes de alimento,estava deixando a rainha quase sem espaço para realizar a “postura”.Esse “problema” foi ocasionado pelo excesso de alimentação artificial;pois Tadeu estava sem tempo de revisar as caixas e apenas alimentava,sem saber se realmente havia a necessidade; e as abelhas armazenaram esse alimentos nos potes.

Nessa caixa existe um grande número de “campeiras”,que irão consumir parte desse alimento(Já que não existem floradas,agora),abrindo espaço para que a rainha realize sem importante trabalho de "postura".

A outra caixa,com problemas,estava sem rainha e discos de crias;(Não sei porque a rainha pereceu e outra rainha virgem não foi aceita nessa família).Ao analisar essa caixa,eu fiquei imaginando;com mais de 50 caixas ao redor;porque nenhuma princesa foi aceita?

Nesse "tronco",existe uma uruçu nordestina,que não é manejada,e é usada para se demonstrar como era a meliponicultura"cabocla",realizada sem as técnicas racionais de criação e manejo.


Foi um domingo,muito prazeroso,pois além de estarmos fazendo os manejos das abelhas nativas,trocamos muitas ideias e,é claro,tomamos algumas geladinhas,afinal de contas com algumas geladas,as conversas e as ideias fluem mais fácil





Abraço.

Paulo Romero.
Meliponário Braz.




quarta-feira, 25 de julho de 2012

As grandes estiagens,no semiárido paraibano.



"Infelizmente,a seca é triste mas é real,e temos que “tocar” a vida em frente".

Eu estive conversando com alguns amigos,à respeito das alternativas de convivência com os períodos de estiagem(ou com um ano atípico,como esse,onde quase não choveu,durante todo o ano).

Existem diversas alternativas,que se tivessem o apoio governamental,seriam soluções para as regiões de semiárido.
Por exemplo:ao invés de criar bovinos,deveria ser incentivado a criação de caprinos,de raças adaptadas para resistir nessa região(Raças:Moxotó e Pardo Alemão),que são adaptadas ao clima e a escassez de alimento,mas que respondem muito bem ao tratos,e as técnicas de criação e melhoramento genético do rebanho “criolo”.

A fruticultura irrigada,também se apresenta como uma ótima geradora de renda e de empregos nessa região;pois o sol é essencial para uma boa produção de frutas tropicais(Manga,Uva,Graviola,Goiaba,maracujá...)e existe bastante água no subsolo da região,bastando apenas,a perfuração de poços e a utilização de dessalinizadores(já que na maioria dos casos,a água é “salobra”).

A caatinga nordestina,poderia ser uma grande produtora de mel(não só de ápis,como já ocorre em alguns estados da região,mas também,o mel de abelhas nativas,à exemplo da  jandaíra,da rajada e da canudo)e de produtos vindos das abelhas;Pólen,própolis,cera e,principalmente o turismo,que pode ser implementado com o uso das abelhas nativas,para aulas de educação ambiental,além do seu uso para tratamento de pessoas com problemas psicológicos,à exemplo da depressão,ansiedade e estresse.

Eu fico imaginando,até quando o semiárido nordestino,irá sofrer com as estiagens,sem que nenhuma ação séria e definitiva de convivência com esse fenômeno climático,seja implantado em nossa região?Será que a maioria dos governantes,dessa região não querem exatamente que a seca  continue,para que o nosso povo seja “refém” deles?Porque uma região tão linda,de povo forte e lutador,tem que viver humilhando-se ao restante do país,sempre que passamos por um período de seca mais severo?Onde estão os defensores dessa região,que nada fazem para mudar essa realidade?

Todos  nós sabemos as respostas para todas essas perguntas,mas continuamos esperando por mudanças;que devem vir do interior de cada cidadão nordestino.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A seca e as abelhas nativas do semiárido.



Amigos,ultimamente tenho “andado”,ocupado e sem tempo de organizar uma boa postagem,para o blog.
Mesmo,com pouco tempo disponível,sempre acompanho as novidades sobre as abelhas nativas e a meliponicultura de modo geral;pois não consigo ficar longe desse tema.

Estou alimentando as minhas abelhas nativas(que mantenho aqui em João Pessoa),uma vez na semana e sempre faço revisões para acompanhar o desenvolvimento das colônias,e ver a necessidade de alguma interferência mais firme.

Eu irei nos próximos dias ao “meu cariri” paraibano,e pretendo trazer mais algumas Jandaíras(melípona subnitida),pois como estou muito ocupado,não tenho conseguido acompanhar o desenvolvimento das minhas abelhas,que se encontram lá e por esse motivo,já perdi algumas colônias(por falta de acompanhamento e de alimentação artificial).

Infelizmente a seca,não permitiu que a caatinga florescesse e alimentasse os animais desse importante bioma brasileiro,trazendo prejuízos e tristeza...,onde antes só havia alegria e beleza...,hoje o sol castiga animais e plantas da caatinga.

Abraços.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.