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sábado, 14 de abril de 2012

A grande seca de 2012.



Amigos,infelizmente esse é o tipo de postagem,que eu não gostaria de estar fazendo,pois é difícil relatar a realidade de grande parte do nordeste brasileiro,com a terrível seca.

O que escrevo aqui,não é nenhuma novidade,pois a imprensa de todo o país,tem noticiado a situação do semiárido,durante esse ano de 2012.

Eu passei o período de páscoa,no cariri paraibano,e pude ver a dificuldade dos agricultores e criadores de animais dessa região; diante da longa estiagem...
Em nossa região,não chove à quase oito meses,pois tivemos umas pequenas chuvas no começo desse ano,mas não foram, suficientes para abastecerem os reservatórios(açudes e barragens),nem fazerem o pasto brotar,para alimentar os animais.


A situação,se torna ainda pior;pois a nossa principal fonte de alimento para os animais em épocas de seca(a palma forrageira),está sendo dizimada por uma praga:A cochonilha do Carmim(Dactylopius Opuntiae).

Infelizmente os governos,nada fazem de concreto,para controlar essa praga, e os agricultores se veem entregues a própria sorte;perdendo as áreas plantadas com palma e consequentemente perdendo os animais,que não tem mais essa importante fonte de alimentação...



O período das chuvas”inverno”,vai até junho,mas pelo que pode-se perceber,infelizmente,esse ano elas não chegarão...Só resta ao homem do campo,pedir a DEUS,que amenize o sofrimento,pois é triste ver animais com fome,sem poder fazer nada para mudar essa realidade.

É triste ver as Jandaíras saírem,para o “campo”e não encontrarem flores...

As poucas árvores da caatinga,que se mantém verdes,também sofrem com a falta de chuva e com o sol “abrasador”.


Eu sinto uma dor no coração,ao ver minha querida caatinga,sofrendo com a estiagem...é desolador,olhar ao redor e só ver árvores secas,animais famintos e o olhar triste e apreensivo dos sertanejos...

As palavras,não conseguem descrever o que eu sinto ao ver “minha terra” e “meu povo” sofrer;...A tristeza,está presente onde antes havia só felicidade e beleza...Mas a luta continua,em busca de estratégias de convivência com as secas.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz

6 comentários:

  1. Caríssimo Paulo Romero,

    Estamos, aqui no RN, vivenciando também o flagelo da seca. Sei o quanto é lamentável conviver com essa situação. Nós que temos nossas raízes fincadas no campo, onde recebe o maior impacto, estamos à espera das chuvas para a melhoria da condição de vida do sertanejo.

    Abraço,

    João Paulo
    São Paulo do Potengi/RN
    Meliponário Campos Verdes

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  2. Amigo João Paulo,
    realmente é com tristeza que acompanho esse período,mas espero que ele passe,e que a felicidade volte a reinar...

    Abraço.
    Paulo Romero.

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  3. Meu querido Paulo,

    Já é hora do Nordestino mudar a sua criação, infelizmente, é mais do que sabido que a criação de gado não é ideal para nossa região.

    Devemos encarar a realidade, nossa região é naturalmente seca e a criação mais adequada é a dos caprinos (ovelhas e cabras).

    Para o Nordeste não há animal melhor, comem menos e de tudo, são muito mais resistentes à seca e produzem, proporcionalmente, muito mais leite que o gado.

    Aqui no RN tudo vai do mesmo jeito, na propriedade dos meus avós somente o carro pipa do exército é o que tem aparecido com água pra matar a sede.

    Se não chover logo vai morrer muito bicho.

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  4. Amigo Kalhil,

    realmente o que vc diz é uma grande verdade...
    Meu avô sempre criou gado,mas ele sempre manteve em torno de 50 hectares com palma forrageira,para os períodos de seca...

    Com a devastação da palma,a situação está insustentável,e por lá já se fala em,engordar o gado e vender tudo...,afinal sem palma a pecuária fica ainda mais inviável no semiárido...

    Abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.

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  5. Paulo,
    Que Deus olhe por este povo do sertão e traga chuvas urgentemente,imagino o sofrimento dos sertanejos com esta seca,grande abraço.

    Vida no campo.

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  6. Obrigado,amiga
    realmente,espero que as chuvas cheguem logo...

    Abraços.
    Paulo Romero.

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