Apesar de ser um blog,que o principal assinto é as nossas abelhas nativas;eu também escrevo algumas "coisas" sobre o meu torrão natal.
Meu sertão!
Se você,não
presenciou
O começo do
“inverno”,
Não viu
vaqueiro de “terno”
Em um
“jegue”,não montou
Um
imbu,nunca chupou
Nem nunca,tomou
coalhada
Não
trabalhou,na enxada
Nunca
viu,”barreiro”cheio
Não sabe o
que é “arreio”,
Do sertão
não sabe nada.
Se não
conhece,jirau
Não
viu,”latada” e “chiqueiro”
Não
correu,no “tabuleiro”
Atrás de um
animal,
Não tomou
leite,em curral
Nem bebeu
água de”poço”,
Não fez,”animais
de osso”
Pra
brincar,quando criança,
Não trás isso,na lembrança,
Do
sertão,não és”,seu moço”.
Quem
nunca,dormiu em rede,
Na
varanda,ao “meio dia”
Onde,a
“caipora”,assovia
No
“oitão”,atrás da parede
Nem nunca
matou a sede,
Com“buga”de
imbuzeiro,
Não
acendeu”candeeiro”,
Nem puxou o
seu “pavio”
Não tomou
banho de rio,
No sertão,és
forasteiro.
Se você
nunca ouviu,
O “aboio” do
vaqueiro,
Nem um
galo,no “poleiro”
Cantar,espantando
o frio,
Trovão,no mês de abril,
Animando o sertanejo,
Um “xinxo”,de fazer queijo,
Onde se molda,a coalhada
Pra que fique,bem prensada
É no sertão,onde eu vejo.
Quem nunca viu,de pertinho
A macambira,queimando
E o “gado”,se aproximando
Todos,no mesmo caminho
O “berro” de um “bezerrinho”
Que se desgarrou,do “gado”
E o vaqueiro,com cuidado
Leva-o,para o rebanho
Monta no burro,"castanho"
No sertão,que eu fui criado.
Um velho carro-de-boi,
Embaixo da aroeira,
Lembrança,da vida inteira,
De um tempo,que já se foi,
Sempre,conduzido à dois,
Obedecendo,ao “carreiro”,
Seu destino derradeiro,
É abandono e tristeza,
Onde "ontem",foi beleza
Na casa do fazendeiro.
Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
11 comentários:
Paulo...Que poeta apaixonado..pelas origens..orgulho de você... Se todos fossem iguais a você...que maravilha seria viver. Grata pelas oportunidades de conhecer o seu "Cariri" através dos sus escritos. Parabéns! Abração, Dila
Amigo Paulo,
Lindo Poema ,grande abraço!
Vida no campo.
Mais uma vez,obrigado!!
Abraço.
Paulo Romero.
Querida Edilena,
como vc sabe,sou um caboclo simples do sertão;mas sou apaixonado por esse pedaço de chão,tão maltratado e tão devastado...e que precisa ser resgatado,respeitado e transformado...
Abração.
Paulo Romero.
Meu amigo Paulo poeta da meliponicultura, você desta vez descreveu muito bem o sertanejo, quem nunca passou por isso nunca viveu no sertão.tem o pé torto e vive nas areias do litoral.
Abraço
Rivan Fernandes
Macaiba/RN
Meu amigo Rivan,
essa é a realidade do nosso semiárido nordestino,que muitos ainda não conhecem.
Abraço.
Paulo Romero.
AMIGO PAULO ROMERO
MUITO BEM! ESSE POEMA QUE VOCE ESCREVEU TEM TUDO HAVER COM O NORDESTINO, AGENTE QUE MORA NO CAMPO PASSA POR ESSES MOMENTOS QUE JA MAIS SAIRAO DA LEMBRANCA.
UM ABRACO
NALDO DE TAPEROA PB
Amigo Naldo,
obrigado pela visita e pelo comentário.Realmente,carregamos o sertão em nosso coração e mente.
Abraço.
Paulo Romero.
Olá Paulo;
Que espetaculo de poema !!!
Eu viajo muito pelo Brasil, com enfase no Estado do Maranhão, e demais Estados do Nordeste.
Esse poema me fez lembrar das paisagens que eu via durante as viagens da capital para o interior. Muitas vezes, somente vendo ou lendo informações sobre nosso grandioso Nordeste não é suficiente para entendermos esse mecanismo, mas a partir do momento em que você faz parte dele, convive com ele, aí sim, vemos a realidade.
Mas Deus é perfeito, pois todas as pessoas que vivem nessa região tem um espirito de luta preparado para tal.
É muito prazeroso conhecer esse Brasilzão.
PARABÉNS !!!
Amigão, grande abraço e muito sucesso pra você.
Amigo Lúcio,
obrigado pela visita e pelas palavras.
Realmente,nós nordestinos enfrentamos a nossa realidade,com força e coragem,pois só assim poderemos ter dias melhores...
Abraço.
Paulo Romero.
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