quarta-feira, 31 de março de 2010

Feliz páscoa,para todos!

Espero que todos tenham uma ótima páscoa,e que reflitam sobre o realmente representa a paixão de cristo!



Estou indo passar esse período no interior do estado,onde aproveitarei para fazer algumas revisões,nas caixas de ASF.

Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.

terça-feira, 30 de março de 2010

Algumas plantas que foram introduzidas,no nordeste brasileiro.


Ultimamente,eu tenho lido e escutado alguns comentários à respeito de espécies vegetais que foram introduzidas no Brasil,especialmente no nordeste brasileiro,e resolvi escrever sobre esse assunto,por achá-lo muito interessante e que merece,estudo por parte das instituições de pesquisa.

Eu,que nasci e me criei,no cariri paraibano,região de clima semiárido,e me lembro quando chegaram as primeiras mudas de algaroba,ao sítio do meu avô.

Essas mudas foram plantadas com todo o cuidado,para que tivessem um bom desenvolvimento.Daí em diante os próprios animais,ao comerem as vagens dessa planta faziam o plantio,de forma natural,sem a interferência humana.

A algaroba é originária do peru,e foi introduzida no Brasil,em 1942,no município de Serra talhada,sertão de Pernambuco.



Foi introduzida na Paraíba,primeiramente,na cidade de Serra branca,(município vizinho ao nosso)pelo engenheiro agrônomo, Dr.Inácio Antonino.A partir de poucas mudas plantadas em Serra branca,Dr.Inácio,levou a algaroba para toda a Paraíba,e para várias partes do nordeste.
A algaroba,possui uma madeira de boa qualidade,utilizada para fazer carvão,cercas,móveis,etc.Suas vargens,são muito apreciadas pelos animais,e tem alto valor nutritivo.Ela também é considerada a planta com maior resistência à seca e à salinidade.
Floresce,em plena seca e produz alimento para os animais,na época mais crítica do ano;suas flores são muito bem visitadas pelas abelhas.


A palma forrageira é originária do México,não se sabe ao certo a época de sua introdução no Brasil.Foi introduzida no nordeste brasileiro,provavelmente,depois de 1900.



É considerada uma forrageira estratégica,possui um grande potencial produtivo,e múltiplas utilidades;sendo usada,na alimentação humana,na produção de medicamentos,cosméticos,corantes,além de ter vários outros usos.

Seria muito difícil,se praticar a pecuária,no semiárido,se não tivéssemos a palma forrageira,para alimentar os animais,durante os períodos de seca.


Aveloz,é originário da África,foi introduzido no Brasil,no início da colonização Brasileira.

Está tão adaptado à paisagem nordestina,que até parece nativo do Brasil.
Os animais,principalmente as cabras,gostam muito de suas folhas.Segundo as pessoas mais velhas ;os animais que consomem o aveloz,não tem problemas com parasitas intestinais(vermes).

Pelo menos,aqui em São João do cariri,o aveloz,está em acelerado processo de extinção.



Antigamente,era comum se fazer cerca viva,com o aveloz,infelizmente essa prática caiu em desuso,e passou-se a utilizar o arame farpado,para se construir essas cercas.

Uma prática que quase acabou com essa planta,da paisagem do cariri e do sertão;foi o uso de sua madeira para servir de lenha para as cerâmicas(fábricas de telha e tijolo).
Existem experiências,à respeito do uso de sua seiva(látex),para curar inúmeras doenças.


Leucena,é originária da América central,de onde se espalhou para várias partes do mundo.

Dentre os seus principais usos,estão:alimentação animal(forragem),produção de madeira,carvão vegetal,e melhoramento do solo.
Essa planta tem uma boa resistência à seca,é uma ótima fonte de alimento para os animais,que adoram suas folhas e os galhos finos.



Foi introduzida,no cariri paraibano à poucos anos,mas,já é considerada uma ótima alternativa para alimentar os animais em períodos de seca,existem muitas pessoas,entusiasmadas com o seu plantio e,com os resultados obtidos,até agora.

Suas flores,também são muito apreciadas pelas abelhas.


Nim,é originário das regiões áridas do subcontinente indiano.
É cultivado atualmente,nos Estados unidos,Austrália,países da África e América central.

É largamente utilizado,para o controle de insetos e pragas(mosca-branca,carrapatos,lagartas e pragas de grãos armazenados)nematoides,alguns fungos,bactérias e vírus,na medicina humana e animal,na fabricação de cosméticos,reflorestamento,como madeira de lei,assim como para paisagismo.




Por ser originário de regiões áridas tem sido plantado em vários estados nordestinos.


Sem dúvidas,quando se fala na introdução de novas espécies,(animal ou vegetal)em uma nova região,sempre vão existir pessoas à favor e pessoas contrárias.

Em relação às espécies anteriormente mencionadas,eu particularmente,acho que o nordeste ganhou,por se tratarem de espécies vegetais com crescimento rápido e sem muita exigência em relação ao solo,e que poderiam ser plantadas em áreas em processo de desertificação e o uso de suas madeiras,diminuiria o corte das árvores nativas da caatinga.

Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Embrapa semiárido,incentiva o plantio de umbuzeiro.

Pesquisando à respeito de alternativas viáveis e sustentáveis,para o nosso semiárido;encontrei essa matéria,publicada no site da Embrapa semiárido,falando à respeito do plantio de umbuzeiro.Essa,sem dúvidas é uma alternativa muito interessante,tanto economicamente,como ecologicamente falando.

Essa árvore corre risco de extinção,pois,como ela é uma das preferidas das abelhas,para construírem suas "moradias"(fica atrás somente da imburana e da catingeira),os meleiros estão sempre cortando seus troncos,para tirarem o mel.


Frutos de umbuzeiro geram renda para agricultor.Doces e geléias de umbu já são saboreados em mesas e restaurantes muito distantes do sertão nordestino. Agricultores organizados na Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos Uaua e Curaçá (Coopercuc), na Bahia, reuniram receitas de doceiras da região, agregaram métodos de processamento industrial, e se tornaram exportadores desses produtos para a França, Áustria e Itália.


No Prosa Rural desta semana, o pesquisador da Embrapa Semiárido (Petrolina/PE), Francisco Pinheiro, fala sobre a importância dos agricultores plantarem umbuzeiro na caatinga e se preparar para os negócios que começam e se organizar em torno da cultura. Do programa vai participar também o Diretor Presidente da Coopercuc, Jussemar Cordeiro da Silva.



Poupança verde - Segundo Pinheiro, a quantidade de plantas de umbuzeiro é cada vez menor na caatinga. O desmatamento para plantio ou para produção de lenha são algumas das causas da diminuição da espécie na vegetação nativa. No estado natural, a caatinga tem, pelo menos, de três a nove plantas por hectare.

No programa desta semana, o pesquisador apresenta uma experiência de enriquecer a caatinga com o plantio de mudas de umbuzeiros. Para ele, é possível fazer a densidade dar um salto e em apenas um hectare. Abrindo pelo menos cinco trilhas e colocando dez plantas em cada uma delas “somaríamos, pelos menos, 50 plantas de umbuzeiro, em um hectare”, explica o pesquisador durante entrevista concedida ao Prosa Rural.

Segundo ele, o início de produção das plantas pode variar de 4-5 anos a até 15-20 anos, a depender da maneira e do local de plantio, por exemplo. Nas duas situações, porém, o agricultor se assegura de possuir uma futura renda para a sua família, quando começarem as safras. “Além de conservar o meio ambiente, ele vai ter uma renda garantida com a produção de frutas”, destaca.

Uma orientação da Embrapa Semiárido é que o agricultor procure plantar mudas enxertadas com frutos de melhor qualidade e que crescem com maior rapidez.

A Embrapa Semiárido já distribuiu 40 mil mudas enxertadas de umbuzeiro para os produtores rurais do Nordeste. E, atualmente, já existem viveiristas começando a produzir essas mudas em escala comercial. Contribui também para o aproveitamento do fruto na forma processada, realizando treinamentos para várias comunidades agrícolas do sertão.

O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Embrapa Semiárido

Marcelino Lourenço Ribeiro Neto


http://www.cpatsa.embrapa.br/


Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia internacional da água.

No meu útimo post,eu falava da minha preocupação com relação as estiagens,aqui no Nordeste.

Graças à Deus,pelo menos em São João do cariri,PB.,caíram algumas chuvas;e já renovaram as esperanças do caririzeiro...Vamos torçer para que essas chuvas continuem,e que encham os reservatórios,façam crescer o pasto para os animais,tragam um pouco de alegria para essa gente tão sofrida...

Hoje,eu vou falar de um bem muito precioso,para todos nós,imprescindível,para a sobrevivência da vida no planeta terra"A ÁGUA".
Não por acaso, eu estou falando desse assunto, hoje é comemorado o dia internacional da água.

Apesar de se chamar planeta terra,dois terços da nosso planeta é formado por água.Mas,desses 2/3,apenas,0,008% do total de água do planeta é considerada potável(própria para o consumo humano).O pior é que grande parte dessa água(rios,lagos,represas...)está,a cada dia sendo mais contaminada pelo homem,que não está se preocupando com o futuro do planeta.





Se esse nível de contaminação dos nossos mananciais,continuar,em um futuro próximo,vai faltar água potável,o que irá comprometer a própria vida na terra.

O nosso Brasil,está em uma situação privilegiada,em relação a quantidade de água potável,pois,temos quase 12% de toda água doce do planeta...
É no Brasil,que está o maior rio do mundo(o rio amazonas),e também temos a maior reserva de águas subterrânea do planeta(o aquífero guarani).

Apesar do Brasil ter toda essa quantidade de água doce,ela se encontra muito mal distribuída:70% da água doce do Brasil,se encontram na Amazónia,enquanto,aqui,no nordeste,existem pessoas que não tem água potável, nem para seu próprio consumo...

Outro agravante,é que o consumo de água vai aumentando a cada dia,e não se faz nada para tentar despoluir os reservatórios,os rios,traçar um plano de salvação dos nossos mananciais.

A água,é o líquido mais precioso que nós temos ,e nós não temos o direito de desperdiçá-lo.



Nós,que vivemos aqui no nordeste,temos a obrigação de cuidár-mos das nossas fontes de água,porque nós (ou algum parente),já vivemos o drama da seca,e sabemos o valor que esse líquido tem.


Faça sua parte,não desperdiçe água,pois,ela pode fazer falta para você amanhã...pense nisso!



Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O ano de 2010 será um ano de seca,no semi-árido nordestino?

Amigos!


Quem acompanha meu blog,ou vive no cariri Paraibano,sabe que 2009 foi um ano muito bom,com relação às chuvas,eu postei que em São João do cariri,as chuvas se estenderam até o mês de Setembro.Claro que esse foi um ano atípico,aqui em nossa região,pois,as chuvas costumam ir até julho,no máximo até agosto.

Mas o tempo passou,e lá se vão quase seis meses.Durante esse tempo,choveu no cariri,mas as chuvas não foram suficientes, para acumular água nos reservatórios,nem para fazer o "pasto"crescer,fazendo com que os animais,ficassem sem alimento.
É o fenômeno chamado de "seca verde".



O caririzeiro,já está acostumado com as irregularidades das chuvas,e tenta de todas as formas amenizar os efeitos da estiagem.
Uma das alternativas mais viáveis para se conseguir água,para os animais, é através da perfuração de poços.Mas essa água não serve para irrigação,pois,quase sempre é salobra(salgada),e ao irrigar as plantações,o sal queima as plantas.

Já em relação a alimentação do rebanho,as principais culturas,que se adaptaram ao nosso clima semi-árido,são: a palma forrageira,a algaroba,a leucena,a moringa(que já está bastante difundida no nordeste),entre outras espécies vegetais.



Lá,no "meu" cariri,os animais,principalmente,o gado,está magro e não encontra mais nada para comer nos campos;estão sendo alimentados,com palma e farelo de algodão,para irem sobrevivendo até as chuvas se regularizarem.

Em anos,onde as chuvas não veem,os animais são alimentados com mandacaru,xique-xique,macambira,facheiro,etc.Nós esperamos que não chegue a esse ponto.

Como é tradicional,no interior nordestino,o sertanejo espera o dia 19 de Março(dia de são José),para fazerem as suas previsões:se chover nesse dia,é sinal de ano de fartura,pois,haverá boas chuvas durante todo o ano;já se esse dia se passar com sol,é sinal de um ano de seca!

Graças à Deus,hoje as chuvas apareceram por quase toda Paraíba;mesmo que sejam ainda fracas,mas renovou as esperanças desse povo tão forte, lutador e sofrido.

No caso,das abelhas nativas,eu estou alimentando-as,para que as colónias não fiquem fracas,devido a pequena quantidade de flores,causada pela estiagem.

Como é de costume,eu passarei a páscoa,lá no interior,e pretendo tomar bastante banho de açude,de rio;e tirar fotos de uma natureza transformada,pela ação das chuvas.Assim espero e torço.




Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João pessoa,PB.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Conhecendo um novo amigo.


Amigos!

Através do grupo ABENA(Grupo de meliponicultores,da internet),eu conheci um amigo(Tadeu Leite) que dizia criar abelha uruçu(melipona scutellaris),em barra de gramame,uma praia muito bonita aqui de João Pessoa.

Após alguns contatos por email,marcamos de nos encontrar,para trocármos idéias sobre nosso assunto preferido:abelhas nativas.

Resolvi fazer uma visita,para conhecê-lo pessoalmente,e aproveitar e já conhecer o seu meliponário.
A visita foi segunda-feira,(01/03/2010)eu cheguei à sua residência por volta das 9:00hrs.e já o encontrei acabando de alimentar às suas belas abelhas.
Fui muito bem recebido pelo amigo Tadeu,que é um apaixonado por abelhas nativas,e aproveitamos para fazer algumas revisões, em algumas caixas que tinhas sido divididas,à pouco tempo.

O amigo Tadeu,cria uruçu desde 2008,após fazer um curso de meliponicultura com o mestre Chagas,em pernambuco.Com certeza,ao se falar de uruçu nordestino,tem que se falar do grande trabalho de pesquisa, e divulgação da criação racional dessa espécie,feitas pelo grande meliponicultor Chagas.

Durante a minha visita,eu fiz algumas fotos,para postar em meu blog.
Eu ainda não tenho uruçu,mas,isso é só uma questão de tempo,pois,após essa visita eu saí de lá apaixonado por essas abelhas.






Vejam que bela área verde,ao redor das caixas.



Para as abelhas, essa área verde,representa alimento e um ótimo conforto térmico.



Sem dúvidas,um belo meliponário.



Um ótimo local para se criar abelhas nativas.



Tadeu começou,com seis caixas de uruçu,e hoje,já tem mais de trinta,só com divisões;graças ao imenso cuidado e dedicação,que tem com as abelhas.
Suas colónias são fortíssimas,com muitos discos de cria e alimento em abundância,pois,o seu principal interesse não é vender abelhas,mas,sim multiplicá-las e preservá-las,um belo exemplo;aliás ele não vende colónias.
Tadeu usa dois modelos de caixas racionais,um horizontal e outro vertical..

Uma coisa interessante,é que ele não tinha problemas com forídeos;mas de janeiro para cá essa mosquinha vem dando muito trabalho...


Com certeza,esse foi o começo de uma grande amizade.Agora nós queremos encontrar, mais meliponicultores,aqui de João Pessoa,para nos encontrár-mos e trocár-mos experiências sobre nossas abelhas.

Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.