sábado, 27 de agosto de 2011

O nordeste brasileiro.



Das coisas do meu nordeste,
Que chamam mais atenção,
Vaqueiro,"cabra-da-peste"
Vestido com seu gibão,
Correr no meio da caatinga,
Mesmo assim,ele se anima
Pois ama essa profissão.

Menino tomando banho,
No açude,ao meio dia
Pra ele,nada é estranho
Mesmo o sol,dando agonia
Ele ali, fica nadando
E aos poucos transformando,
Sua vida em alegria.

Já na porta da cozinha,
Tem uma roça de palma,
Cuidada e bem plantadinha,
É tudo feito com calma,
Pois ela é muito importante
Se a chuva tiver distante,
Sua criação tá salva.


Bem ali,no meio da palma
Roça de milho e feijão,
É bonito,anima a alma
Olhar,essa plantação
Pois ,o “lucro”é garantido
E “ele”,fica agradecido
Com a chuva, molhando o chão.


Tem um cachorro,deitado
Na sombra do imbuzeiro,
Ele é sempre bem cuidado,
Pois é quem guarda,o “terreiro”
O seu dono,já velhinho
Se acorda,bem cedinho
E agrada,seu companheiro.

Um cercadinho,bem feito
Para o plantio de fruteira,
Cada uma,tem o seu jeito
Coco,banana,mangueira,
Caju,goiaba,mamão,
É com essa plantação,
Que,se complementa a “feira”.

E a vida vai seguindo,
Pois,o sertanejo é forte
Luta e trabalha,sorrindo
Não lamenta a sua sorte,
Mesmo,não sendo moleza
Se alia,a natureza
Para proteger,seu “norte”.

Se “ele”,tiver abelha
“Ela” é sempre,bem cuidada
Faz,uma casa com telha
Pra proteger,da “chuvada”
Em uma caixa,bem feita
Leva,pra lá e ajeita
Pra que fique,preservada.

Se,se ausenta do sertão
Faz,de tudo pra voltar
Pois,ali é seu torrão
Sua casa,berço e lar
“Ele”, estuda e trabalha,
Mas,um dia junta a “tralha”
E volta,pra seu lugar.

Seu retorno,é alegria
Ao pisar,no seu sertão
Faz,tempo que “ele” não via,
O verde,cobrindo o chão
Sua força,se refaz
E não se esquece,jamais
De mostrar,sua paixão.

Voltar,para a “casa grande”
Aonde seu pai,viveu
O seu coração,se expande
Lembrando,o passado seu
Das conversas,na “varanda”
Daquilo,que a mente manda
Esse,sonhador sou eu.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A caatinga ameaçada.

Como a maioria dos meliponicultores,eu tenho me preocupado muito com a nossa caatinga,pois “ela”está sendo destruída em uma velocidade infinitamente maior,que as poucas e raras ações para tentar recuperá-la.

Essa destruição ocorre por todos os estados nordestinos e,infelizmente não é diferente aqui na Paraíba.



Embora existam algumas ONGS(organizações não governamentais)e algumas empresas públicas e privadas,que investem na preservação e/ou recuperação de áreas devastadas da caatinga;a destruição caminha bem mais rápido e avança,deixando um cenário de destruição e desolação nessa região tão rica e tão ameaçada.



Tenho tentado mobilizar pessoas e organizações,para esse problema que parece não ser visto por nossas autoridades.

Toda ação de preservação da caatinga é bem vinda,por pequena e isolada que seja;mas será preciso uma grande mobilização de todos,para conseguir-mos vencer essa guerra.

Os meliponicultores,tem uma grande responsabilidade na preservação da natureza,pois disso dependerá o futuro da meliponicultura,e do planeta.



Esse não é um discurso,só para parecer “ecologicamente correto”,mas sim é algo que eu vivo desde minha infância.Mesmo sem conseguir realizar grandes ações,faço minha parte diariamente e tento conscientizar outras pessoas.

Eu estive no cariri,esses dias e pude ver que pequenos gestos,se forem continuados trazem resultados.Por exemplo,o plantio de espécies nativas,em áreas desmatadas,tem conseguido recuperar algumas áreas da nossa caatinga.

E é muito fácil fazer esse plantio,basta colher as sementes(em áreas onde essas plantas ainda existam em abundância)e no início da época das chuvas,enterrá-las,pois a natureza se encarregará do resto.

Algumas plantas “pegam” de galho,é o caso da imburana,do aveloz,do pinhão,do imbuzeiro,a favela,etc.,e essa característica aumenta as chances de recuperar determinadas áreas,pois esses galhos tem um crescimento bem mais rápido.

Também existem algumas árvores,que só produzem mudas através de sementes,mas que são de fácil germinação:a catingueira,o marmeleiro,a craibeira,o angico,a jurema,a aroeira,o cumaru,o mufumbo,a quixabeira,o juazeiro,e o pereiro,são alguns exemplos.

Se cada um de nós,fizéssemos a nossa parte e plantássemos,algumas mudas de árvores nativas;com certeza esse gesto serviria de exemplo pra muita gente,que pensa em fazer algo,mas na maioria das vezes não sabe o que fazer.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

domingo, 7 de agosto de 2011

Abelhas nativas do nordeste brasileiro.

No nordeste brasileiro,a meliponicultura tem se desenvolvido,e está se tornando uma importante aliada no processo de desenvolvimento de algumas áreas da região,além de ajudar na reprodução de muitas espécies vegetais da caatinga e do que ainda resta da mata atlântica.



Muitos meliponicultores,que sempre foram “criadores de abelha”(pois não conheciam técnicas racionais de criação),hoje em dia,já dominam os segredos dessa prazerosa e importante atividade.



A cada dia,as abelhas nativas do nordeste,são criadas por todo esse país,e mostram a sua força,impulsionando a meliponicultura nacional.



Dentre as abelhas nativas do nordeste brasileiro,que se destacam na criação racional,algumas tem uma importância significativa,pois são ótimas produtoras de mel,são bem adaptadas as caixas racionais e tem se adaptado a quase todos os estados brasileiros.




Bons exemplos dessas abelhas,são:a uruçu nordestina,a jandaira,a mandaçaia da caatinga,a manduri/rajada,a tubi,a tiúba e a moça branca.

Foto tirada,pelo amigo Jansen,do blog: Melíponas da Paraiba.

É claro,que existem outras espécies que também tem,seus valores e seus admiradores,afinal,o Brasil é um país rico em espécies de abelhas nativas;(apenas estou falando das principais de nossa região nordeste).



Assim,como muitos irmãos nordestinos,ajudaram no desenvolvimento do nosso país,as nossas abelhas nativas,também estão ajudando a desenvolver a meliponicultura,e conseqüentemente,estão saindo da lista de espécies ameaçadas de extinção.
E isso é algo muito positivo,pois a cada dia,mais pessoas estão conhecendo e ajudando a preservar as nossas abelhas.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Inimigos das abelhas nativas.



Meus amigos,estive conversando com alguns meliponicultores á respeito de algumas dificuldades, na criação das abelhas nativas.

Dentre algumas dificuldades apontadas durante essa conversa,algumas são mais evidentes.

Os inimigos naturais das abelhas sem ferrão,tem sido apontados como uma importante causa,que limita o processo natural de proteção e conservação dessas abelhas.

Esses inimigos naturais,como todos já conhecem bem,representam perigo para colônias fracas,ou desestabilizadas.São alguns exemplos desses inimigos naturais das asf:as lagartixas,os sapos,pássaros,algumas vespas e abelhas pilhadoras,forídeos e o mais temível e perigoso de todos:o homem.

Durante a nossa conversa,eu disse que para mim,o homem é o maior responsável pela extinção de muitas abelhas nativas;muitas delas,sequer sem terem sido estudadas.

Apesar de ser o único animal "racional",o homem usa essa racionalidade,de forma muitas vezes errada,pois destrói seu próprio lar;mata o seu próprio semelhante e leva à extinção,muitos animais e plantas.

No caso específico das abelhas nativas;nós temos muitos meliponicultores responsáveis,que lutam diariamente para salvarem espécies nativas,que se encontram em adiantado processo de extinção.

Apesar dos muitos casos de destruição das matas,ainda existem chances reais para que essas abelhas,consigam se reproduzir e serem reintroduzidas nas áreas,onde existam condições de recebê-las e dar-lhes as condições naturais,o mais próximo possível das originalmente existentes.

Nossa luta,apesar de ser desigual,recebe a cada dia,mais pessoas com esse mesmo pensamento:salvar o planeta e salvar a raça humana,juntamente com todos os seres criados pelo DEUS,criador do céu e da terra.


Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.