Amigos; hoje resolvi fazer uma pequena revisão no assunto, Abelhas
nativas.
Essa postagem, apesar de ser bem simples, ajudará aos
iniciantes nessa bela e importante atividade; a meliponicultura...
Diferenças entre castas
de abelhas nativas.
RAINHA OPERÁRIA
Abdômen e ovários bastante desenvolvidos,
quando fecundadas
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Abdômen e ovários, pouco
desenvolvidos
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Após, fecundada, é incapaz de
voar
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Com capacidade de voo
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Cabeça, proporcionalmente menor,
em relação ao corpo
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Cabeça proporcionalmente maior,
em relação ao corpo
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Corpo maior e mais alongado
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Corpo menor, e mais “troncudo”
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São férteis e produzem crias,
machos e fêmeas
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São estéreis, e quando
produzem crias, estas crias são machos
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Não possuem corbícolas
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Possuem corbícolas
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Produção de crias.
Após a rainha fazer o voo nupcial, ser fecundada por um
zangão e voltar para o interior da colmeia; ela começará a desenvolver a fiosogastria
(Aumento considerável de seu abdômen, em consequência da fecundação );e em
poucos dias começará a colocar ovos.
Após a rainha estar “pronta”, para começar a postura, as
operárias constroem os favos ou células de cria; colocam o “alimento larval”
(Mel, pólen e secreções glandulares) e, após a rainha depositar o ovo na célula,
uma operária fecha essa célula de cria, e recomeça o ritual...
As crias das abelhas passam pelas seguintes etapas: Ovo,
larva, pré-pupa, pupa e adulto. Essas etapas podem variar entre 40 a 52 dias, dependendo
do sexo do indivíduo e da casta.
Produção de machos e fêmeas.
Os machos ou zangões originam-se de
ovos não fecundados, ou seja, o material contido nesse ovo é de
responsabilidade materna apenas (rainha ou operária). As abelhas operárias são
capazes de produzirem zangões.
Já as abelhas fêmeas (Operárias e
rainhas); originam-se de ovos fecundados nos ovários da rainha, possuindo, portanto
material genético do zangão e da rainha. Apenas as rainhas fecundadas, são
capazes de produzirem abelhas fêmeas.
Produção de rainhas, nas
abelhas nativas.
Nas abelhas nativas, existem basicamente duas formas de se
produzirem rainhas:
*Para as espécies do grupo das
Melíponas, (Urucu nordestina; Jandaira; Manduri/rajada: Mandaçaia...)
as rainhas originam-se através da combinação de duas condições básicas: A
genética e a alimentar... O ovo deve apresentar as condições genéticas para se
originar uma rainha virgem; e deve haver alimento em quantidade e qualidade, na
célula de cria.
Nesse grupo, as células de crias de
rainhas, operárias e zangões, não apresentam diferenças perceptíveis.
*Para as espécies do grupo das trigonas;
(Jataí; irai; partamonas; canudo; tubibas; mirins...),o que determinará o
surgimento de uma rainha,é a quantidade e qualidade do alimento larval,depositado
na célula de cria,que receberá o ovo;nesses casos,a célula de cria,será bem
maior que as demais,e recebe o nome de “realeira”,ou “célula real”.
Abraço.
Paulo
Romero.
Meliponário
Braz.
João
Pessoa,PB.