Apesar de ser um blog,que o principal assinto é as nossas abelhas nativas;eu também escrevo algumas "coisas" sobre o meu torrão natal.
Meu sertão!
Se você,não
presenciou
O começo do
“inverno”,
Não viu
vaqueiro de “terno”
Em um
“jegue”,não montou
Um
imbu,nunca chupou
Nem nunca,tomou
coalhada
Não
trabalhou,na enxada
Nunca
viu,”barreiro”cheio
Não sabe o
que é “arreio”,
Do sertão
não sabe nada.
Se não
conhece,jirau
Não
viu,”latada” e “chiqueiro”
Não
correu,no “tabuleiro”
Atrás de um
animal,
Não tomou
leite,em curral
Nem bebeu
água de”poço”,
Não fez,”animais
de osso”
Pra
brincar,quando criança,
Não trás isso,na lembrança,
Do
sertão,não és”,seu moço”.
Quem
nunca,dormiu em rede,
Na
varanda,ao “meio dia”
Onde,a
“caipora”,assovia
No
“oitão”,atrás da parede
Nem nunca
matou a sede,
Com“buga”de
imbuzeiro,
Não
acendeu”candeeiro”,
Nem puxou o
seu “pavio”
Não tomou
banho de rio,
No sertão,és
forasteiro.
Se você
nunca ouviu,
O “aboio” do
vaqueiro,
Nem um
galo,no “poleiro”
Cantar,espantando
o frio,
Trovão,no mês de abril,
Animando o sertanejo,
Um “xinxo”,de fazer queijo,
Onde se molda,a coalhada
Pra que fique,bem prensada
É no sertão,onde eu vejo.
Quem nunca viu,de pertinho
A macambira,queimando
E o “gado”,se aproximando
Todos,no mesmo caminho
O “berro” de um “bezerrinho”
Que se desgarrou,do “gado”
E o vaqueiro,com cuidado
Leva-o,para o rebanho
Monta no burro,"castanho"
No sertão,que eu fui criado.
Um velho carro-de-boi,
Embaixo da aroeira,
Lembrança,da vida inteira,
De um tempo,que já se foi,
Sempre,conduzido à dois,
Obedecendo,ao “carreiro”,
Seu destino derradeiro,
É abandono e tristeza,
Onde "ontem",foi beleza
Na casa do fazendeiro.
Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.