domingo, 30 de dezembro de 2012

Abelhas Nativas do semiárido nordestino.



Amigos!


Nessa última postagem do ano,eu quero desejar um ano novo de muita paz,amor,sucesso,felicidades e muitas abelhas nativas,para todos os meus amigos.

Eu passei o natal,lá “no meu cariri paraibano” e,apesar da forte estiagem,pude ver que as abelhas nativas,(por serem adaptadas ao clima dessa região)estão muito bem,inclusive com boa reserva de alimentos.Essas abelhas não são alimentadas artificialmente,e essa reserva de alimento é proveniente das flores que estão disponíveis nessa época,na caatinga.



Abelha Cupira(Partamona seridoensis),no cupinzeiro.

Eu realizei inspeções nas cupiras(Partamonas seridoensis),que mantenho em caixas racionais e,como pode ser visto nas fotos;Elas estão muito bem adaptadas ás caixas,inclusive poderiam ser multiplicadas,(se eu pudesse ficar alguns dias lá,para acompanhar o desenvolvimento das novas famílias).Mas resolvi não multiplicá-las,e esperar para depois que as chuvas voltem à essa terra.


Abelha Cupira,em caixa racional.

Foi um ótimo final de semana,onde pude rever os parentes e amigos e renovar as forças,andando no meio da minha caatinga.


Eu,(no chão)e meu irmão em cima da pedra,no meio da caatinga.


Imburana e a caatinga,na época das estiagens.

Apesar da seca,algumas plantas da caatinga,estão floridas nessa época,à exemplo do  imbuzeiro,pereiro,jurema,jucá,trapiá,cipó-uva e as algarobas.



 Floração de cipó-uva.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz natal!


Amigos...

Estou indo passar o natal,lá no "meu cariri paraibano" e só retornarei dia 26.

Desejo à todos os meus amigos,que acompanham o blog,um 2013 repleto de realizações,muita saúde,paz,amor e muitas abelhas nativas.

Aproveitarei a viagem,para revisar alguma colônias de abelha cupira(Partamona seridoensis),para saber como elas estão passando esse ano de 2012.Ano em que o nordeste brasileiro está vivendo a maior seca de sua história.

Grande abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Um dia entre amigos e abelhas.



Amigos!


No último sábado(24 de novembro de 2012),eu estive mais uma vez em Igarassu,PE,na propriedade do amigo Francisco das Chagas,ou simplesmente Chagas,como gosta de ser chamado.

Nessa viagem,estavam alunos do curso de Ciências agrárias,da UFPB(Universidade Federal da Paraíba),meliponicultores,além de um zootecnista e admirador das nossas abelhas nativas(E que foi o responsável pela ida dessa turma,ao meliponário de Chagas).


Foi um dia de muitas descobertas,para aqueles que estão iniciando nessa bela atividade;mas também de muitas trocas de experiências,entre todos nós.

O amigo Chagas acolheu a nossa turma,com a simpatia e a simplicidade,que lhe são peculiares.

A estrela do meliponário de Chagas,é a urucu nordestina(Melípona scutellaris),pelo número de colônias que ele possui,mas ele mantem diversas espécies de abelhas nativas.Ele também realiza pesquisas com a urucu do chão(Melípona quinquefasciata),que é uma das abelhas mais ameaçadas de extinção,do país;e que ele considera seu “xodó”.




A rara Melípona quinquefasciata (Uruçu do chão).

Após esse dia maravilhoso,entre as abelhas nativas e os meliponicultores;nos despedimos do mestre das urucus e aumentamos ainda mais o nosso amor e respeito pelas abelhas nativas.



Ainda fomos presenteados,com uma “branquinha”,que foi produzida pelo próprio Chagas;e que é uma raridade,como algumas de suas abelhas.




Essa é uma daquelas viagens,que recarregam as nossas forças e que nos mostra que estamos no caminho certo.

Até breve.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Meliponicultura responsável.




“O meliponicultor é antes de tudo;um defensor das matas.”


Essa frase,retrata bem o sentimento de responsabilidade ambiental,que norteia a grande maioria dos meliponicultores(Criadores racionais de abelhas nativas).Eu disse “Grande maioria”,pois como em qualquer atividade,existem pessoas que não agem com responsabilidade,e praticam a “meliponicultura predatória”,derrubando árvores,para retirar uma colônia de abelhas.


Mudas de ora-pro-nóbis(Pereskia aculeata).

Mas eu vou falar da grande maioria,que são aqueles que defendem e plantam árvores,para que as abelhas possam encontrar néctar,pólen e resinas,imprescindíveis  para a sobrevivência das abelhas.

Mudas de aroeira-da-praia(Schinus terebinthifolius).
Além de plantar árvores,os criadores de abelhas,lutam para que as matas continuem intactas,e muitas vezes,sejam recuperadas.

Eu,faço parte desse “grupo”,que defende as matas e estou sempre plantando mudas de árvores nativas,próximo ao meliponário.

Mudas de mutre(Aloysia virgata).

É sempre recomendável,que ao realizar algum plantio de árvores melíferas,utilize-se espécies nativas do Brasil;pois as plantas “exóticas”,podem prejudicar o equilíbrio ambiental e trazer graves problemas ao meio-ambiente.


Muda de imburana de cambão (Commiphora leptopholeos).


Portanto,seja um defensor das matas.Crie,estude e proteja as abelhas nativas.

Com certeza,com as abelhas nativas protegidas,toda a natureza ganhará.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Multiplicação da abelha Urucu Nordestina.



Amigos!

No último dia 24 de setembro (2012),eu realizei uma transferência/multiplicação de uma colônia de abelhas urucus nordestinas.

Esta colônia estava em uma “caixa velha”, e sem condições de abrigá-las;por isso a necessidade da transferência de caixa.Ao realizar a transferência de caixa,eu aproveitei e realizei uma multiplicação da colônia,pois ela estava forte e pronta para ser multiplicada.

Na multiplicação;a caixa mãe(Onde ficaram a rainha fisogástrica e os discos de crias novos),é uma caixa modelo INPA/FO.

Meu sobrinho,João (de 2 anos)observando se a colônia está bem.

A caixa-filha(onde ficaram os discos nascentes,e um grande número de “campeiras”),é uma caixa “modelo nordestino”(horizontal).



Apesar da falta de grandes "florações",por aqui,as abelhas estão fazendo bonito,e estão muito bem.


As abelhas mostram porque as “urucus nordestinas”, são as preferidas da maioria dos meliponicultores,Brasil afora.Elas estão com um mês de multiplicadas,e surpreendem pela quantidade de discos de crias e de potes de alimentos.



Essa é uma colônia de ótima genética e,por isso será usada para produzir matrizes;para as futuras multiplicações.



Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Meliponicultura sustentável.




Ao criar esse blog,eu queria apenas um local para relatar as minhas vivências no cariri paraibano,e as minhas experiências com as abelhas nativas...Não esperava que esse espaço fosse se tornar um ponto de encontro de admiradores dessa atividade;mas apenas imaginei que serviria como um diário...

Como a Meliponicultura(Criação racional de abelhas nativas)é uma das atividades mais importantes,ambientalmente falando,pois as abelhas nativas são os mais importantes polinizadores das nossas matas;além de necessitarem de árvores para coletarem seus alimentos(Néctar e pólen),o que transforma todo Meliponicultor(Pessoa que se dedica a criação racional de abelhas nativas) em um “defensor ferrenho” da natureza,pois só assim a sua atividade terá sucesso...”Sem as abelhas não existirá matas e sem as matas não existirão abelhas.”

Com esse pensamento e com o apoio dos amigos,esse simples blog,já faz parte de um universo de blogs,que se dedicam à defender e divulgar ideias sustentáveis e ecologicamente corretas.

Mesmo com toda a sua simplicidade,(Mas verdadeiro)o Meliponário Braz é um dos finalistas do Prêmio Topblog sustentabilidade 2012.

Em 2011,ficamos entre os 100 melhores blogs na categoria sustentabilidade,e esse ano repetimos o mesmo desempenho.

Caso os amigos queiram votar nesse blog,é só clicar no selo da promoção(Lado direito do blog)e votar...Esse reconhecimento já é um grande prêmio para mim.

Em breve estarei atualizando as postagens,pois estou sem tempo,com  trabalho e os estudos;apesar de estar sempre em contato com as abelhas nativas,me falta tempo para organizar uma boa postagem.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Efeitos da seca,no semiárido paraibano.



Amigos.

Nas últimas postagens, eu falei á respeito dos efeitos devastadores da “grande seca”, que atinge o semiárido paraibano e dos efeitos dessa estiagem prolongada.


Hoje vou relatar alguns fatos presenciados, durante a minha última visita ao “meu cariri paraibano”; ocorrida no feriado da independência (Dias 7 e 8 de setembro 2012).

Como era de se imaginar, o cenário é desolador, apesar de já conhecer os efeitos dessas estiagens prolongadas; sempre esperamos que as chuvas voltem a esse pedaço de chão.


Com a falta das chuvas a caatinga perde as suas folhas, e parece não ter vida. Os sertanejos sofrem para conseguir alimentar os animais, com os poucos recursos disponíveis.



Como sempre, eu caminhei bastante por entre as árvores retorcidas, à procura das abelhas (pois queria saber se essa falta de floração afetaria as abelhas nativas e as africanizadas).

Um fato me deixou muito intrigado: as abelhas africanizadas “desapareceram” da minha região! Exatamente isso!Durante todo o final de semana que eu passei lá, não vi sequer uma única abelha Apis, mesmo tendo ido aos locais onde eu sabia que existiam enxames delas.


Como essas abelhas são “exóticas”, (pois não são brasileiras), não conseguiram resistir à escassez de alimento e de água e, provavelmente migraram para outra região, com melhores condições ambientais.

Já as nossas abelhas nativas, continuam “firmes e fortes”; afinal elas estão na sua região de ocorrência natural, e estão adaptadas ao clima e conseguiram armazenar alimento para o período da seca; além de conseguirem coletar néctar e pólen de algumas plantas, que mesmo nessa época de estiagem, apresentam floração: Por exemplo, o pereiro, a jurema, o angico, o mufumbo, a aroeira e o juazeiro.

Abelha cupira(Partamona seridoensis),em cupinzeiro.

As abelhas que eu mantenho nas caixas racionais, precisam de alimentação extra, para conseguirem atravessar esse período e manterem a normalidade de suas atividades.


As caixas que mantenho aqui em João Pessoa, estão bem e algumas já estão prontas para as multiplicações.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Revisões em abelha uruçu nordestina.



Amigos!


No último domingo(22/07/12),eu passei o dia,fazendo revisões em caixas de abelhas urucus nordestinas(Melípona Scutellaris),aqui em João Pessoa,PB.


Eu e meu amigo Tadeu Leite,resolvemos fazer revisões nas urucus,pois choveu muito nos últimos meses aqui em JP.,e precisávamos ver como as colônias estavam,e isso só é possível abrindo as caixas e olhando uma a uma;pois as colônias apresentam diferenças de desenvolvimento(devido as diferenças genéticas),mesmo recendo os mesmos cuidados e estando sob as mesmas condições ambientais.



Revisamos quase 40 caixas e encontramos problemas em duas delas.

Em uma das caixas,(Modelo FO/INPA)o excesso de potes de alimento,estava deixando a rainha quase sem espaço para realizar a “postura”.Esse “problema” foi ocasionado pelo excesso de alimentação artificial;pois Tadeu estava sem tempo de revisar as caixas e apenas alimentava,sem saber se realmente havia a necessidade; e as abelhas armazenaram esse alimentos nos potes.

Nessa caixa existe um grande número de “campeiras”,que irão consumir parte desse alimento(Já que não existem floradas,agora),abrindo espaço para que a rainha realize sem importante trabalho de "postura".

A outra caixa,com problemas,estava sem rainha e discos de crias;(Não sei porque a rainha pereceu e outra rainha virgem não foi aceita nessa família).Ao analisar essa caixa,eu fiquei imaginando;com mais de 50 caixas ao redor;porque nenhuma princesa foi aceita?

Nesse "tronco",existe uma uruçu nordestina,que não é manejada,e é usada para se demonstrar como era a meliponicultura"cabocla",realizada sem as técnicas racionais de criação e manejo.


Foi um domingo,muito prazeroso,pois além de estarmos fazendo os manejos das abelhas nativas,trocamos muitas ideias e,é claro,tomamos algumas geladinhas,afinal de contas com algumas geladas,as conversas e as ideias fluem mais fácil





Abraço.

Paulo Romero.
Meliponário Braz.




quarta-feira, 25 de julho de 2012

As grandes estiagens,no semiárido paraibano.



"Infelizmente,a seca é triste mas é real,e temos que “tocar” a vida em frente".

Eu estive conversando com alguns amigos,à respeito das alternativas de convivência com os períodos de estiagem(ou com um ano atípico,como esse,onde quase não choveu,durante todo o ano).

Existem diversas alternativas,que se tivessem o apoio governamental,seriam soluções para as regiões de semiárido.
Por exemplo:ao invés de criar bovinos,deveria ser incentivado a criação de caprinos,de raças adaptadas para resistir nessa região(Raças:Moxotó e Pardo Alemão),que são adaptadas ao clima e a escassez de alimento,mas que respondem muito bem ao tratos,e as técnicas de criação e melhoramento genético do rebanho “criolo”.

A fruticultura irrigada,também se apresenta como uma ótima geradora de renda e de empregos nessa região;pois o sol é essencial para uma boa produção de frutas tropicais(Manga,Uva,Graviola,Goiaba,maracujá...)e existe bastante água no subsolo da região,bastando apenas,a perfuração de poços e a utilização de dessalinizadores(já que na maioria dos casos,a água é “salobra”).

A caatinga nordestina,poderia ser uma grande produtora de mel(não só de ápis,como já ocorre em alguns estados da região,mas também,o mel de abelhas nativas,à exemplo da  jandaíra,da rajada e da canudo)e de produtos vindos das abelhas;Pólen,própolis,cera e,principalmente o turismo,que pode ser implementado com o uso das abelhas nativas,para aulas de educação ambiental,além do seu uso para tratamento de pessoas com problemas psicológicos,à exemplo da depressão,ansiedade e estresse.

Eu fico imaginando,até quando o semiárido nordestino,irá sofrer com as estiagens,sem que nenhuma ação séria e definitiva de convivência com esse fenômeno climático,seja implantado em nossa região?Será que a maioria dos governantes,dessa região não querem exatamente que a seca  continue,para que o nosso povo seja “refém” deles?Porque uma região tão linda,de povo forte e lutador,tem que viver humilhando-se ao restante do país,sempre que passamos por um período de seca mais severo?Onde estão os defensores dessa região,que nada fazem para mudar essa realidade?

Todos  nós sabemos as respostas para todas essas perguntas,mas continuamos esperando por mudanças;que devem vir do interior de cada cidadão nordestino.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A seca e as abelhas nativas do semiárido.



Amigos,ultimamente tenho “andado”,ocupado e sem tempo de organizar uma boa postagem,para o blog.
Mesmo,com pouco tempo disponível,sempre acompanho as novidades sobre as abelhas nativas e a meliponicultura de modo geral;pois não consigo ficar longe desse tema.

Estou alimentando as minhas abelhas nativas(que mantenho aqui em João Pessoa),uma vez na semana e sempre faço revisões para acompanhar o desenvolvimento das colônias,e ver a necessidade de alguma interferência mais firme.

Eu irei nos próximos dias ao “meu cariri” paraibano,e pretendo trazer mais algumas Jandaíras(melípona subnitida),pois como estou muito ocupado,não tenho conseguido acompanhar o desenvolvimento das minhas abelhas,que se encontram lá e por esse motivo,já perdi algumas colônias(por falta de acompanhamento e de alimentação artificial).

Infelizmente a seca,não permitiu que a caatinga florescesse e alimentasse os animais desse importante bioma brasileiro,trazendo prejuízos e tristeza...,onde antes só havia alegria e beleza...,hoje o sol castiga animais e plantas da caatinga.

Abraços.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.



sábado, 23 de junho de 2012

Viva São João!



Aqui,no nordeste brasileiro,essa é a época mais festejada do ano,pois é justamente durante o mês de junho,que comemoramos as festas “juninas”(festas de São João).

Mesmo estando passando pela maior “seca”, de nossa história,os sertanejos fazem fogueira,soltam fogos e dançam o forró “pé-de-serra”.

Essas tradições,ajudam a fortalecer  a população nordestina,dando-lhes ânimo e confiança em dias melhores.

As tradicionais comidas de milho verde:pamonha,canjica,milho assado e cozido,(apesar da seca)não faltarão na mesa,pois o milho verde,foi produzido nas regiões onde se pratica a irrigação,e distribuído para toda a região.

Infelizmente,esse ano eu não pude ir,ao “meu cariri”paraibano,pois estou muito atarefado pelos estudos e pelo trabalho...,Mas,mesmo estando distante fisicamente,meu coração e minha mente,estão lá...junto aos meus familiares.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.



sábado, 19 de maio de 2012

A maior seca da nossa história.



Amigos!

Infelizmente o ano de 2012,vai ficar marcado na história,como o ano em que houve a maior seca do semiárido brasileiro.

Já estamos na segunda quinzena de maio,e a nossa temporada de chuvas(que geralmente vai de janeiro á junho),já está se passando,sem que “elas” tenham chegado,e as previsões não indicam que vai haver mais chuvas esse ano.

Algumas pessoas,que não conhecem o nordeste,acham que o maior problema causado pela falta de chuvas,é a falta de alimentos para os seres humanos;mas essa não é a nossa realidade,pois as lavouras que são plantadas,por aqui,são na grande maioria,apenas de subsistência.

O maior problema da falta das chuvas,é a falta de alimento para os animais:bovinos,caprinos,ovinos e equinos.Esses animais,andam por entre a caatinga “seca” não encontram pastagens para se alimentarem e vão ficando cada vez mais fracos;não resistindo e muitos chegam á morrer.

Também,a criação de abelhas:Apicultura e Meliponicultura,tem sido muito prejudicada pela falta de "floradas",e consequentemente,a falta de alimentos para as abelhas.

Com a estiagem,os criadores de abelhas,estão sendo obrigados á fornecer alimentação artificial de subsistência,pois,do contrário eles perderão as suas colônias.No caso das africanizadas,elas enxameiam(abandonam suas colmeias,em busca de melhores condições de alimentação),já as abelhas nativas;como a rainha não voa,elas simplesmente ficam nas caixas,junto à rainha e esperam a morte chegar.

Essa frase é triste e chocante,mas é a realidade.Como não existem árvores floridas,as abelhas não encontrarão néctar e pólen(suas fontes de alimentação,energética e proteica).

Por isso,a alimentação artificial é indispensável,e deve ser fornecida de acordo com as necessidades da colônia;no mínimo uma vez por semana.
Eu,por exemplo,estou alimentando as minhas abelhas nativas,duas vezes na semana.Mas sempre faço revisões,para saber como elas estão respondendo á alimentação.

Existem alguns amigos meus,que já perderam algumas colônias de ápis e de abelhas nativas também,devido a seca.

Essa realidade,tem trazido enormes prejuízos para toda a região,pois a Apicultura/Meliponicultura são importantes fontes de geração de renda,principalmente para os pequenos produtores rurais.

É muito triste ver o meu semiárido,sendo tão castigado pela falta de chuvas,e saber que não existe nenhum plano sério de convivência com a seca.

As ações,que surgem,são paliativos e,na maioria das vezes,os recursos que são destinados para ajudar a população dessa região;são desviados para outros fins,e não chegam às mãos de quem realmente necessita.



Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Sustentabilidade=Meliponicultura.



Sustentabilidade.Essa é uma atitude que deve ser incorporada por todos nós,se pretendermos deixar um meio ambiente relativamente preservado,para as futuras gerações.


Uma atividade,para ser ecologicamente sustentável,deve ser desenvolvida de forma à causar um impacto mínimo,ao meio ambiente.


A maioria das atividades agrícolas,são prejudiciais à natureza,pois os desmatamentos,o uso irracional de fontes de água e o uso exagerado de agrotóxicos,tem trazido impactos negativos para todo o planeta.
Mas a cada dia,a exigência de mais alimentos(pois a população mundial cresce à passos largos),tem “obrigado”aos agricultores aumentarem suas áreas de plantio,derrubando grandes áreas de matas nativas.


Uma ótima alternativa,para se conseguir renda e ainda contribuir para a preservação das matas,é a criação de abelhas;sejam elas nativas ou africanizadas.Essa importante atividade,deve ser apoiada pelos órgãos governamentais(principalmente os ligados a preservação do meio ambiente),pois para se obter sucesso nessa atividade,a principal regra é manter uma boa área de mata preservada.  



A nossa meliponicultura,se apresenta como a alternativa ecológica e economicamente sustentável;além de ter baixo custo de investimento e manutenção,e ser de fácil manejo,pois como as abelhas não possuem ferrão,não há necessidade de vestimentas especiais para lidar com elas.


Antes de iniciar uma nova atividade produtiva e/ou econômica,analise seu potencial de poluição e destruição da natureza.Lembre-se que: “dessa vida não levamos nada”,portanto deixe um mundo melhor para seus filhos e netos.

Abraço!
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
                                  

terça-feira, 24 de abril de 2012

Meu sertão.




Apesar de ser um blog,que o principal assinto é as nossas abelhas nativas;eu também escrevo algumas "coisas" sobre o meu torrão natal.

Meu sertão!

Se você,não presenciou
O começo do “inverno”,
Não viu vaqueiro de “terno”
Em um “jegue”,não montou
Um imbu,nunca chupou
Nem nunca,tomou coalhada
Não trabalhou,na enxada
Nunca viu,”barreiro”cheio
Não sabe o que é “arreio”,
Do sertão não sabe nada.


Se não conhece,jirau
Não viu,”latada” e “chiqueiro”
Não correu,no “tabuleiro”
Atrás de um animal,
Não tomou leite,em curral
Nem bebeu água de”poço”,
Não fez,”animais de osso”
Pra brincar,quando criança,
Não trás isso,na lembrança,      
Do sertão,não és”,seu moço”.


Quem nunca,dormiu em rede,
Na varanda,ao “meio dia”
Onde,a “caipora”,assovia
No “oitão”,atrás da parede
Nem nunca matou a sede,
Com“buga”de imbuzeiro,
Não acendeu”candeeiro”,
Nem puxou o seu “pavio”
Não tomou banho de rio,
No sertão,és forasteiro.
                                                                              

Se você nunca ouviu,
O “aboio” do vaqueiro,
Nem um galo,no “poleiro”
Cantar,espantando o frio,
Trovão,no mês de abril,
Animando o sertanejo,
Um “xinxo”,de fazer queijo,
Onde se molda,a coalhada
Pra que fique,bem prensada
É no sertão,onde eu vejo.


Quem nunca viu,de pertinho
A macambira,queimando
E o “gado”,se aproximando
Todos,no mesmo caminho
O “berro” de um “bezerrinho”
Que se desgarrou,do “gado”
E o vaqueiro,com cuidado
Leva-o,para o rebanho
Monta no burro,"castanho"
No sertão,que eu fui criado.


Um velho carro-de-boi,
Embaixo da aroeira,
Lembrança,da vida inteira,
De um tempo,que já se foi,
Sempre,conduzido à dois,
Obedecendo,ao “carreiro”,
Seu destino derradeiro,
É abandono e tristeza,
Onde "ontem",foi beleza
Na casa do fazendeiro.




Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.

sábado, 14 de abril de 2012

A grande seca de 2012.



Amigos,infelizmente esse é o tipo de postagem,que eu não gostaria de estar fazendo,pois é difícil relatar a realidade de grande parte do nordeste brasileiro,com a terrível seca.

O que escrevo aqui,não é nenhuma novidade,pois a imprensa de todo o país,tem noticiado a situação do semiárido,durante esse ano de 2012.

Eu passei o período de páscoa,no cariri paraibano,e pude ver a dificuldade dos agricultores e criadores de animais dessa região; diante da longa estiagem...
Em nossa região,não chove à quase oito meses,pois tivemos umas pequenas chuvas no começo desse ano,mas não foram, suficientes para abastecerem os reservatórios(açudes e barragens),nem fazerem o pasto brotar,para alimentar os animais.


A situação,se torna ainda pior;pois a nossa principal fonte de alimento para os animais em épocas de seca(a palma forrageira),está sendo dizimada por uma praga:A cochonilha do Carmim(Dactylopius Opuntiae).

Infelizmente os governos,nada fazem de concreto,para controlar essa praga, e os agricultores se veem entregues a própria sorte;perdendo as áreas plantadas com palma e consequentemente perdendo os animais,que não tem mais essa importante fonte de alimentação...



O período das chuvas”inverno”,vai até junho,mas pelo que pode-se perceber,infelizmente,esse ano elas não chegarão...Só resta ao homem do campo,pedir a DEUS,que amenize o sofrimento,pois é triste ver animais com fome,sem poder fazer nada para mudar essa realidade.

É triste ver as Jandaíras saírem,para o “campo”e não encontrarem flores...

As poucas árvores da caatinga,que se mantém verdes,também sofrem com a falta de chuva e com o sol “abrasador”.


Eu sinto uma dor no coração,ao ver minha querida caatinga,sofrendo com a estiagem...é desolador,olhar ao redor e só ver árvores secas,animais famintos e o olhar triste e apreensivo dos sertanejos...

As palavras,não conseguem descrever o que eu sinto ao ver “minha terra” e “meu povo” sofrer;...A tristeza,está presente onde antes havia só felicidade e beleza...Mas a luta continua,em busca de estratégias de convivência com as secas.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Feliz páscoa.



Amigos,estou indo passar essa semana de páscoa lá no “meu cariri” paraibano,e ao retornar,estarei atualizando o blog;com fatos e fotos da viagem...



Infelizmente,o semiárido nordestino está passando por uma grande seca,e a vida por lá ,que já não é fácil,fica cada vez mais difícil,principalmente para os animais que não encontram mais alimentos,pois a caatinga não conseguiu se recuperar,desde o última estiagem.


Desejo uma páscoa abençoada para todos os amigos,que acompanham esse blog.

Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.