Como disse,na última postagem,passei o período junino lá,no “meu cariri".
Graças a Deus,as chuvas apareceram por lá,embora um pouco fora de tempo,mas não podemos reclamar,pois chuva é sempre bem vinda por aquelas bandas...
Com as chuvas,as matas se reverdeceram,e a caatinga está linda,nem parece aquele mesmo lugar dos períodos de seca.
Quase não conseguimos acender a fogueira de são joão,(tradicional,por aquelas bandas)foi preciso usarmos querosene,pois a lenha de algaroba que eu e meus irmãos tiramos, estava bem molhada e a chuva estava sempre por perto.
Mas é essa chuva que deixa o caririzeiro feliz e que faz a alegria dos animais e plantas da região.
As minhas abelhas estão bem. E eu,como faço sempre que estou por lá,fiquei observando o movimento delas,no meliponário e nas plantas floridas,para ver as preferências e o belo trabalho de coleta de pólen.
Eu aproveitei para fazer algo,que eu já pensava em fazer à algum tempo:um espécie de senso,das imburanas e imbuzeiros ,ocupados pelas africanizadas.
Para essa missão,eu contei com à ajuda de um dos meus irmãos,que está cada vez mais apaixonado pela meliponicultura,embora essa paixão só tenha aparecido, após ele ter me ajudado em algumas transferências.
Nós saímos de casa cedo,e escolhemos uma área do sítio, que sabemos ter bastante árvores dessas espécies.
Olhamos umas cinquenta árvores,e para minha alegria,só encontramos três africanizadas.
Uma coisa que me chamou atenção,foi o fato da maioria das imburanas e imbuzeiros vistos por nós,terem cicatrizes,causadas pelas retiradas do mel de ápis...,essas cicatrizes são bem profundas e muitas vezes,a árvore não resiste e cai devido ao vento e a fragilidade que o seu tronco apresenta,após os cortes.
É por isso,que eu dou tanta importância ao plantio dessas árvores,para tentar minimizar o impacto sofrido por nossa caatinga,ao longo do tempo.
Quando eu estiver por lá,vou continuar esse trabalho,para ter uma ideia da quantidade de colônias de ápis e de abelhas nativas em nosso sítio,é claro que esses dados não são tão rígidos,pois as abelhas podem enxamear,e isso pode trazer algumas diferenças nos números mesmo assim,dar pra ter uma ideia.
Outro dado animador,é que encontramos algumas moças brancas,jandaíras e cupiras,(as cupiras em cupinzeiros)o que mostra que as nativas estão conseguindo se manter nessa região,apesar das adversidades,dos desmatamentos,das queimadas,da invasão das ápis e da destruição causada pelos meleiros.
Claro,que eu pretendia trazer algumas caixas para João Pessoa,e fiz...
Eu deixei em Campina Grande,na casa de uma tia,uma cupira e uma moça branca,para que elas se adaptem as mudanças de temperatura,clima e tipo de flores,só depois de alguns dias irei trazê-las pra cá.
Aproveitei e trouxe uma jandaíra,ela já está aqui em João Pessoa,e parece está se adaptando bem,apesar de estar chovendo muito por aqui,elas estão trabalhando bem,mesmo assim,vou alimentá-la e acompanhar seu desenvolvimento e adaptação...
Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.
Espaço criado para trocar experiências sobre a criação racional de abelhas nativas. Também falo das coisas do meu "cariri paraibano",como a preservação da caatinga e as belezas de minha terra. Participe,siga o blog e comente,pois com certeza você será muito bem vindo! Obrigado pela visita! Paulo Romero.
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