terça-feira, 25 de outubro de 2011

O futuro da meliponicultura.



Nas últimas postagens,eu coloquei aqui no blog,vários pontos de vista,de alguns amigos,que mandaram seus pensamentos por email...Depois de ler e refletir,sobre cada um deles,eu fico  imaginando,qual será o futuro da nossas abelhas nativas,qual será o futuro da meliponicultura em nosso país?



Para responder a essa pergunta,nós temos que levar em conta,alguns pontos:a regulamentação da atividade,por parte dos órgãos regulamentadores/fiscalizadores e a mudança de alguns pontos dessa regulamentação,serão imprescindíveis para que as abelhas nativas, possam ser criadas,reproduzidas e preservadas;pois as proibições não ajudam em nada na salvação das espécies,pelo contrário;se o meliponicultor é proibido de criar determinada abelha,pois os “doutores”dizem que ela não é nativa dessa região geográfica,ou pelo menos “eles”acham que não é,pois os estudos são recentes,e como todos nós sabemos as abelhas nativas sempre viveram por todos os recantos desse país/continente,e só agora,elas despertam o interesse de alguns estudiosos(embora já tenhamos importantes estudos de autoridades brasileiras e mundiais,à respeito das abelhas nativas brasileiras),que acham que devem ditar todas as regras dessa atividade secular.


O que as autoridades não conseguem proibir são os desmatamentos,as queimadas,a matança de animais silvestres e a destruição dessas abelhas,praticada pelos meleiros,diariamente...,mas para “eles”é mais fácil “pegar”o meliponicultor,pois esse não se esconde,não foge,não age de forma criminosa,enfim estão trabalhando para salvar as espécies que ainda restam, e quem sabe serão os únicos bancos de material genético num futuro bem próximo.



Principalmente aqui no nordeste,as abelhas nativas,sempre foram criadas e manejadas,desde o descobrimento do país.Mas isso,parece não ter importância para as autoridades,que determinam como deve ser conduzida essa atividade daqui pra frente.Não importa,se você salvou determinada espécie de um forno de padaria,ou de uma carvoaria...,se essas abelhas não constarem em um estudo de um “doutor”dizendo que elas são de sua região,então você é um CRIMINOSO e portanto deverá responder criminalmente,por ter salvado uma espécie que os “doutores”,talvez nunca tenham tido contato com ela,mas apenas viram sua foto em algum artigo acadêmico.



Gostaria mais uma vez,de chamar à atenção das autoridades para a grande destruição da caatinga,pois essa sim é uma questão que merece todo o empenho,por parte das autoridades e se nada for feito(como infelizmente imagino que não vai ser),em um futuro bem próximo,as abelhas nativas não mais existirão,pois não mais existirá a própria caatinga nordestina.E as crianças que nascerem nesse pedaço de Brasil,só conhecerão as abelhas nativas, através das histórias dos mais velhos ou através de algum meliponicultor,que as tenha salvado antes da destruição total das matas!



O que precisamos é de apoio,para salvar as espécies em extinção e não de empecilhos e entraves,que só dificultam o belo e importante trabalho dos meliponicultores  desse nosso país.



Um abraço.

Paulo Romero.

Meliponário  Braz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Paulo, Boa noite!

Seu texto é muito coerente e os pontos levantados por você sobre a regulamentação da atividade é urgente e preciso .Sei da importância das pesquisas cientificas mas o saber popular..esse sim é que tem que ser respeitado, pois é o que possibilita que ainda tenhamos acesso sobre o manejo das nativas.
Um dos caminhos possíveis é a popularização da Meliponicultura ou seja é fazermos com que cada vez mais as pessoas sejam informadas sobre a importância desses polinizadores para o meio ambiente como para a Vida.

Um Abraço
Edilena Vieira.

Paulo Romero de Farias Neves disse...

Amiga Edilena,

mais uma vez,obrigado pela sua visita e suas palavras de incentivo.

A nossa meliponicultura precisa de mais apoiadores,pois essa é uma atividade que merece todo o empenho dos apaixonados pelo meio ambiente...

Abração.
Paulo Romero.